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Saúde

Setembro Amarelo promove conscientização sobre o suicídio

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A campanha também chama a atenção para a importância de identificar os sinais de alerta em pessoas próximas

Caminhamos para o término da campanha do Setembro Amarelo. Este ano, o tema foi “Se precisar, peça ajuda”. Contudo, segundo a médica Fernanda Rizzo (CRM-ES 15.099), o estigma em torno do suicídio ainda continua sendo uma barreira para o assunto ser discutido abertamente. Para ela, o medo de julgamento, vergonha ou desconhecimento levam as pessoas a evitar falar sobre a questão, o que pode impedir a busca por ajuda ou retardar a identificação dos primeiros sinais de alarme. “É essencial normalizar essa conversa para que mais pessoas se sintam confortáveis em expressar suas dificuldades e procurar apoio”, aponta.

Rizzo lembra também que é possível levar esta pauta ao ambiente escolar, por ser fundamental a discussão de temas ligados à saúde mental, inclusive o suicídio. A médica reforça que se o tema for inserido de maneira adequada e sensível, pode-se abordá-lo por meio de campanhas de conscientização e programas de apoio. “Os jovens podem aprender a reconhecer sinais de sofrimento em si e nos outros, além de entenderem a importância de buscar ajuda. No entanto, é essencial que esses diálogos sejam feitos com profissionais qualificados para garantir que a informação seja transmitida cuidadosamente”, ressalta.

Conforme Fernanda, o suicídio muitas vezes está relacionado a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros. Entretanto, ela observa que é importante avaliar cada caso de forma ampla e criteriosa, já que não se pode reduzir o suicídio a uma única causa — o problema é multifatorial, podendo ser influenciado também por fatores sociais, econômicos, traumas, uso de substâncias e situações de desespero intenso.

Sinais

De acordo com a médica, os sinais que a pessoa pode dar caso tenha ideias suicidas variam. Porém, alguns deles incluem mudanças drásticas de comportamento, isolamento social, falar sobre morte ou sobre “querer sumir” com frequência, expressar sentimentos de desesperança ou inutilidade, alterações no sono e apetite e se desfazer de bens pessoais importantes. “Em certos casos, a pessoa pode apresentar uma súbita calma, após um longo período de tristeza, o que pode indicar uma decisão planejada de cometer o ato. Estar atento a essas mudanças é essencial, mas muitas vezes os sinais não são facilmente percebidos até mesmo pelas pessoas mais próximas”, salienta.

Prevenção

Fernanda comenta que a prevenção começa com conscientização, criação de ambientes acolhedores, apoio social e emocional. A médica argumenta que identificar e tratar precocemente transtornos mentais, oferecer suporte contínuo e promover o diálogo aberto sobre sentimentos difíceis são passos fundamentais.

Dra. Fernanda Rizzo - Foto divulgação

Dra. Fernanda Rizzo – Foto divulgação

Ela pontua que fortalecer redes de apoio, tanto familiares quanto comunitárias, são primordiais para um cuidado abrangente e a prevenção do suicídio. Além disso, Rizzo conta que o acesso a profissionais de saúde mental, médicos e psicólogos, são importantes para avaliar, diagnosticar e tratar condições associadas ao suicídio. “Eles oferecem intervenções terapêuticas e, quando necessário, medicação”, esclarece.

Já os familiares e amigos desempenham um auxílio crucial oferecendo apoio emocional e criando um espaço seguro para a pessoa se expressar sem julgamento, pois o papel de todos é agir como rede de apoio, incentivando a busca por tratamento e oferecendo acolhimento constante.

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