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Pesquisa: Geração Z acha que trabalhador mais velho desconhece tecnologia, mas veteranos discordam

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Pesquisa em 10 países mostra que 40% dos trabalhadores da geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) vê uma lacuna nas habilidades tecnológicas de seus colegas mais velhos. Por outro lado, apenas 25% dos funcionários veteranos da geração baby boomer (1945/1964) acreditam ter algum problema com tecnologia.

Os dados constam da pesquisa Korn Ferry Workforce 2025, que consultou 15 mil profissionais de vários níveis hierárquicos – desde cargos de entrada até CEOs – sobre como eles se sentem em relação ao trabalho.

A pesquisa foi feita em 10 países: Brasil, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Austrália, Japão e Índia.

No que diz respeito às percepções dos profissionais sobre seus colegas de diferentes gerações, foi realizada a seguinte pergunta: “O que os trabalhadores mais jovens estão percebendo que os colegas mais velhos não enxergam?”.

Um dos principais apontamentos é a suposta defasagem tecnologia dos profissionais mais velhos, segundo a visão dos mais jovens.

Grande parte da geração Z acredita que colegas mais velhos têm problemas com tecnologia, mas veteranos não concordam. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Outro assunto muito discutido pela geração Z, a comunicação, também apareceu no levantamento: 49% da geração Z reivindica mais comunicação e melhores treinamentos para o trabalho em equipe. Entre os baby boomers, porém, apenas 27% consideram que há um problema nesta área.

“Para mim, isso evidencia que o modelo de trabalho dos baby boomers é mais individualizado e baseado em comunicação face a face. Construir uma visão compartilhada do mundo do trabalho atual é fundamental para mover este ponteiro”, afirma Adriana Rosa, sócia sênior e líder de práticas de consultoria para a América do Sul na Korn Ferry.

Segundo o levantamento, 37% dos millennials (1981/1996) têm a percepção de que há um conflito fundamental nos valores geracionais no ambiente de trabalho. Entre os baby boomers, esse número cai para 27%.

Grande parte dos baby boomers indicou ter uma visão mais otimista: ao menos 45% deles disseram acreditar que não há desafios em trabalhar com diferentes gerações. Entre a geração Z, entretanto, apenas 17% dos trabalhadores têm esse mesmo pensamento.

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Segundo o estudo, ao menos cinco grupos etários convivem no mesmo ambiente organizacional atualmente e, muito em breve, o mercado de trabalho terá também a chegada da geração alpha (2011/2025).

Adriana Rosa ressalta que quase um terço das pessoas com mais de 70 anos continuará trabalhando até 2033, portanto muitas empresas passarão a ter até seis gerações convivendo em seus escritórios.

Veja a seguir dicas para mitigar os desafios desse cenário:

  • Incentivar a inclusão numa cultura que valorize as contribuições de todas as gerações
  • Implementar a mentoria reversa, onde os funcionários mais jovens podem ensinar novas habilidades tecnológicas e tendências aos mais experientes
  • Adaptar políticas de trabalho que atendam às necessidades de diferentes gerações
  • Reconhecer e valorizar as contribuições de todos os funcionários, independentemente da idade
  • O comportamento cultural necessário deve se sobrepor à geração
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