Os países que mais consomem álcool: A posição do Brasil é surpreendente

Consumo de álcool no mundo: os países que mais bebem e os impactos para a saúde pública

O álcool ocupa um papel central nas celebrações e nos momentos de lazer em diversas culturas ao redor do mundo. Seja em festividades religiosas, jantares familiares ou encontros entre amigos, as bebidas alcoólicas estão presentes como símbolo de convivência social, tradição e descontração. No entanto, o hábito de beber pode atingir níveis preocupantes em algumas nações, refletindo-se em estatísticas alarmantes.

Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga dados que medem o consumo de álcool puro per capita em pessoas com 15 anos ou mais. Os números revelam diferenças significativas entre países e mostram como o consumo abusivo ainda representa um desafio global de saúde pública.

Os países com maior consumo per capita

Entre os países que lideram o ranking de consumo de álcool por pessoa, estão nações de diferentes regiões e perfis socioeconômicos. Segundo os dados mais recentes da OMS, as nações com maior média anual de consumo de álcool puro são:

1. Seychelles – 20,5 litros por pessoa
2. Uganda – 15,09 litros
3. República Tcheca – 14,45 litros
4. Lituânia – 13,22 litros
5. Luxemburgo – 12,94 litros
6. Alemanha – 12,91 litros
7. Irlanda – 12,88 litros
8. Letônia – 12,77 litros
9. Espanha – 12,72 litros
10. Bulgária – 12,65 litros
11. França – 12,33 litros
12. Portugal – 12,03 litros
13. Áustria – 11,96 litros
14. Eslovênia – 11,90 litros

Esses números representam o volume de álcool puro consumido por indivíduo anualmente, levando em consideração todas as formas de bebida alcoólica — como cerveja, vinho e destilados.

O cenário no Brasil

No Brasil, o consumo de álcool também está acima da média global. De acordo com a OMS, a média brasileira é de 7,7 litros por pessoa por ano, enquanto a média mundial é de 6,2 litros. Isso coloca o país na 53ª posição entre os maiores consumidores de álcool do mundo. A cultura brasileira, marcada por festas populares, como o Carnaval, e o amplo acesso a bebidas alcoólicas em eventos sociais, contribui para esse cenário.

Consequências do consumo excessivo

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas é um fator de risco para diversas doenças crônicas, como cirrose hepática, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e transtornos mentais. Estimativas apontam que o álcool é responsável por cerca de 3,3 milhões de mortes ao ano no mundo, o que representa 5,9% do total de óbitos registrados globalmente.

Além dos impactos individuais, os prejuízos sociais e econômicos relacionados ao álcool também são consideráveis. Entre os principais problemas estão acidentes de trânsito, violência doméstica, absenteísmo no trabalho e sobrecarga dos sistemas de saúde pública.

Desafios e políticas públicas

Diante desse panorama, especialistas em saúde pública alertam para a necessidade de políticas eficazes para reduzir o consumo nocivo de álcool. Entre as estratégias defendidas por organismos internacionais estão a taxação de bebidas alcoólicas, restrições à publicidade, maior controle sobre a venda e campanhas de conscientização voltadas à população.

Compreender os padrões de consumo de álcool em diferentes países é essencial para o desenvolvimento de ações que promovam hábitos mais saudáveis e ajudem a mitigar os danos causados pelo uso abusivo da substância.

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