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Saúde

Médica explica a importância da melatonina

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O hormônio é antioxidante, anti-inflamatório, imunomodulador e antitumoral

Segundo a médica Tassiana Rodrigues (CRM-SP 166.333 e RQE 104.253), a melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que fica no centro da cabeça, presente em todos os seres vivos: humanos, animais, plantas e fungos. Ela aponta que a baixa da luz provoca a maior síntese e secreção da melatonina, que nos conecta ao ritmo circadiano, o ciclo dia-noite. “A melhor forma de estimular a produção de melatonina no organismo é ficar em baixa exposição à luz a partir do pôr do sol. Usar filtro de tela nos aparelhos eletrônicos para ficar com aquela tela amarelada, e em casa usar sempre a luz amarela e indireta. Isso ajuda na produção natural de melatonina”, recomenda.

Depois que a melatonina é produzida, ela é distribuída pelo corpo, não fica armazenada, tem receptores em praticamente todas as células e tecidos do corpo. Por ser solúvel em lipídios, ela atravessa as membranas celulares, inclusive a barreira hematoencefálica, que fica no nosso cérebro.

Suplementação

Tassiana comenta que muitos jovens fazem a reposição de melatonina sem necessidade, pois até os 35 anos, a produção desse hormônio acontece naturalmente no organismo. Ela observa que o estilo de vida, como ficar acordado até tarde, expor-se à luz branca após o pôr do sol, acaba inibindo a produção de melatonina. Ao regular essas questões de luz, pode-se criar um ambiente aconchegante e relaxar após o pôr do sol. “Às vezes, pessoas jovens tomam melatonina achando que vão dormir melhor, mas acordam cansadas, porque acaba sendo uma overdose desse hormônio, e, em excesso, inibe a produção do cortisol, que faz a gente acordar pela manhã”, esclarece.

Dra. Tassi Alves - Foto divulgação

Dra. Tassi Alves – Foto divulgação

A médica reitera que a partir dos 35 anos começa a queda do hormônio. No entanto, antes de iniciar a suplementação é primordial avaliar o paciente clinicamente. Tassiana afirma que se o indivíduo apresenta disfunções na ação da melatonina, ele já pode suplementar. “Mas, de modo geral, nos meus pacientes, inicio próximo dos 40 anos”, pondera.

Melatonina não trata a insônia

A médica ressalta que a melatonina não é indutora do sono e não trata a insônia. Tassiana destaca que a indução do sono depende de um neurotransmissor chamado GABA, que também depende de alguns aminoácidos, vitaminas e minerais. “A melatonina é liberada durante esse processo, promovendo um sono mais profundo, reparador, mas não causa sonolência”, finaliza.

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