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Saúde

Hipertensão arterial é uma doença silenciosa

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Relatório da OMS revela que 1,3 bilhão de pessoas são hipertensas no mundo — o dobro do registrado há 34 anos

Dados brasileiros recentes demonstram que a prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS) na população brasileira é de 30-35%. Estes dados se correlacionam aos da OMS que demonstra uma prevalência mundial de HAS de 1 para cada 3 indivíduos.

Segundo o cardiologista Frederico Scuotto, a pressão arterial está elevada quando o paciente apresenta, em repouso, valores maiores que 140 × 90 mmHg (14 por 9). Ele esclarece que qualquer um dos dois alterados, tanto a pressão arterial sistólica (máxima), quanto a pressão arterial diastólica (mínima), basta para o diagnóstico de hipertensão. “É importante frisar que, para tal diagnóstico, a pressão arterial deve ser aferida em duas ocasiões diferentes, com técnica correta, e na ausência de medicação anti-hipertensiva”, alerta.

O médico diz que a pressão arterial considerada ótima apresenta valores abaixo de 120 × 80 mmHg (12 por 8). No entanto, valores medidos até 120–129 e 80–84 mmHg para sistólica e diastólica, respectivamente, são considerados normais.

A pré- hipertensão é definida com valores entre 130–139 e 85–89 mmHg.

Dr. Frederico Scuotto - Foto divulgação

Dr. Frederico Scuotto – Foto divulgação

Frederico comenta que a hipertensão normalmente não causa sintomas, sendo conhecida como uma doença silenciosa. Entretanto, ele chama atenção para os níveis de pressão cronicamente elevados, que já causaram lesão em algum    órgão- alvo — coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos.

Alimentação

O cardiologista pontua que a ingestão de dieta rica em sódio é um fator de risco para o desenvolvimento e aumento da pressão. “Doses acima de dois gramas de sódio, o equivalente a cinco gramas de sal de cozinha, estão associados a maior incidência de doença cardiovascular e acidente vascular encefálico (AVE) decorrentes de hipertensão arterial. Dessa forma, o consumo excessivo de sódio é um dos principais fatores de risco modificáveis para prevenção e controle da hipertensão arterial”, orienta.

Já o aumento da ingestão de alimentos ricos em potássio, como a beterraba, banana, aveia, espinafre, abacate, couve e água de coco, tem o efeito inverso, reduzindo os níveis de pressão arterial.

Genética

O médico explica que a hipertensão arterial primária (forma mais comum, em que não se identifica uma causa) tem origem multifatorial, geralmente composta por fatores ambientais, sociais e genéticos. Os fatores genéticos correspondem entre 30% e 50% desse montante para a pressão arterial elevada. Geralmente, não existe um gene apenas envolvido, mas um conjunto de genes (herança poligênica). Já a hipertensão arterial secundária (causada por uma doença identificável) tem uma herança genética mais importante, associada às mutações em um único gene (monogênica), como, por exemplo, a hiperplasia adrenal congênita.

Tratamentos

Além do tratamento medicamentoso, a mudança do estilo de vida é essencial. O médico indica a perda de peso, evitar o tabagismo, controle da glicemia, atividade física regular, qualidade de sono, hidratação adequada e redução da ingestão de sódio na dieta. “No caso da hipertensão arterial secundária, o tratamento está direcionado para sua causa”, diz.

Atividade física

Frederico lembra que o sedentarismo é um dos principais fatores na contribuição para o aumento da mortalidade cardiovascular. A atividade física é fundamental, não apenas no controle da hipertensão, mas na redução da mortalidade cardiovascular e aumento da longevidade. “Os treinamentos aeróbico, resistido dinâmico e isométrico reduzem os níveis de pressão arterial. Nesse sentido, a prática de pelo menos 150 minutos/semana de atividade física moderada ou 75 minutos/semana de prática esportiva vigorosa, é encorajada para os pacientes que não apresentem outras limitações cardiovasculares”, recomenda.

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