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Saúde

Estudo canadense divulga bons resultados da Cannabis Medicinal no tratamento da epidermólise bolhosa

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Doença não tem cura. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 500 mil pessoas tenham o problema no mundo

De acordo com o Ministério da Saúde, a epidermólise bolhosa é uma doença genética e hereditária rara, que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas, manifestando-se no nascimento ou na infância.

O médico José Wilson Andrade, vice-presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide, esclarece que a fragilidade da pele e mucosa predispõe o epitélio à formação de bolhas, após trauma menor ou, às vezes, espontaneamente. O mecanismo é autoimune, com produção de autoanticorpos contra um componente do colágeno. “Não há cura. O tratamento é de suporte, sendo necessária a participação de uma equipe multidisciplinar especializada nos casos graves.

Utilizam-se todos e quaisquer meios para reduzir a fricção da pele. Recém-nascidos e lactentes são manuseados com a maior delicadeza possível. Roupas macias, móveis acolchoados e temperatura ambiente baixa ajudam a reduzir a formação de bolhas. Medicação sintomática para dor e antibióticos nos casos de infecção são usuais”, explica.

Cannabis Medicinal

Estudo realizado no Canadá mostrou que a pomada com CBD foi eficaz e bem tolerada para a cicatrização de feridas da epidermólise bolhosa. Segundo os resultados divulgados, 55% das crianças e adolescentes que participaram das análises apresentaram melhoras na cicatrização das feridas, um sintoma típico desta condição.

Conforme José Wilson, o uso tópico de canabinoides se mostrou eficaz no controle de prurido e na cicatrização das bolhas. Na pele, as células do sistema imune também são numerosas e os canabinoides têm o potencial de modulá-lo. “Produtos tópicos também possuem uma ação mais rápida que a administração via oral, como óleos e comprimidos, que podem levar até duas horas para fazer efeito”, aponta.

Dr. José Wilson - Foto divulgação

Dr. José Wilson – Foto divulgação

O médico comenta que apesar de ocorrer em menor intensidade, os efeitos sistêmicos dos canabinoides aplicados topicamente também são observados. Ele alerta que os mesmos cuidados tomados com a administração via oral devem ser observados.

José Wilson lembra que o uso sistêmico (oral/sublingual) apresenta bons resultados, principalmente na combinação entre THC e CBD para o controle da dor. “Como toda doença crônica, muitos pacientes também têm distúrbios do sono, quadros de ansiedade, depressão e queixas que respondem bem ao tratamento com canabinoides”, finaliza.

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