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Especialista esclarece mitos sobre o transplante capilar

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A hereditariedade é um fator de risco para a alopecia androgenética (conhecida como calvície), pois a pessoa nasce com a tendência para desenvolver o quadro

Conforme o médico Luciano Machado (CRM-TO 2081), especialista em restauração capilar, um paciente com calvície total, por exemplo, já perdeu na parte superior da cabeça, aproximadamente, 20 mil mudas de cabelo naquela região. “Vou fazer um cálculo de quanto preciso para cobrir. Em geral, com 8 ou 9 mil mudinhas de cabelo é suficiente para conseguir fazer um trabalho que dê qualidade, fechamento e uma boa cobertura”, aponta. Luciano é o nosso convidado para desmistificar cinco pontos acerca do transplante capilar. Confira.

Transplante capilar coloca mais cabelo na cabeça: o médico explica que é tirado de uma área que tem mais cabelo e transferido para a outra que já perdeu os fios. Além disso, ele reforça que é preciso fazer o cálculo de quanto aquela região de calvície precisa para ir buscar a área que doe a quantidade necessária, como as laterais da cabeça, que são seguras e vão transferir para a região superior que está calva (é possível também retirar um pouco de cabelo corporal do peito, da barriga e transferir para a cabeça). O especialista lembra que, ao longo da vida, o paciente perde uma quantidade considerável e nem sempre é viável reparar aquela perda com a mesma quantidade.

Procedimento doloroso: o médico conta que o momento da cirurgia não é doloroso, pois o transplante capilar é feito sob anestesia local. Ademais, durante o procedimento, o anestesista está presente e aplica na veia um remédio para dormir, e a pessoa não sente dor. No pós-operatório, o indivíduo tem uma dor leve, relacionada à área que doou o cabelo. A região do implante fica normalmente sem sensibilidade, e o paciente não sente a pele por alguns dias. A parte dolorida pode ser controlada com anti-inflamatório e analgésico de baixa potência.

Queda do cabelo após o procedimento: o especialista pontua que, ao implantar a unidade folicular, ou seja, a mudinha de cabelo, imediatamente aquele pedaço de fio começa a crescer. Com uma semana, esse fio está um pouco maior. Após duas semanas, começa um processo de troca. Solta-se aquele fio e ele cai, podendo perdurar por um período de 20 dias. Entretanto, Luciano ressalta que quando o paciente olha o cabelo transplantado cair, o que interessa é a raiz plantada que começa a gerar um fio novo por volta de 60 dias do pós-operatório. “Tem fio de cabelo que nasce realmente com 60 dias, mas tem fio que vai nascer com 90 dias, seis meses e até um ano. O processo do resultado do transplante acontece gradualmente, e o paciente é acompanhado todo esse tempo. Com mais ou menos nove meses, o paciente já está com praticamente o resultado concluído. É a hora em que ele faz o último retorno ao consultório para receber alta e fazemos a fotografia comparativa do antes e depois”, pondera.

É indicado só para homens: o médico diz que mulheres também podem fazer transplante capilar, contudo o que acontece é que elas têm diagnósticos mais variados. No entanto, se o diagnóstico da mulher for o mesmo tipo de calvície do homem, a perda estiver nas mesmas regiões superiores e o cabelo saudável for conservado nas partes laterais e posteriores, sabe-se que ela tem uma área doadora segura e a cirurgia poderá ser feita.

Dr. Luciano Machado - Foto divulgação

Dr. Luciano Machado – Foto divulgação

De acordo com Luciano, nem todas as mulheres necessitam de transplante, bastando o tratamento medicamentoso. O médico alerta que existem outros diagnósticos mais severos que não vale fazer o transplante, como, por exemplo, em toda região da cabeça, onde não há área doadora segura, ou doenças autoimunes, pois aquele cabelo que vai ser transplantado pode ter a tendência de cair. “Primeiro deve ter o diagnóstico. Se for compatível com a alopecia androgenética, a mulher também pode fazer o transplante porque vai ter um bom resultado”, afirma.

Transplantar cabelos de outras pessoas: o especialista destaca ser impossível, uma vez que a genética do cabelo é diferente, e o organismo da pessoa identificaria aquele DNA como se fosse um “corpo estranho” — haveria um processo inflamatório e esse cabelo morreria.

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