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Creatina pode trazer benefícios para a saúde

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Suplementação é indicada em várias condições clínicas e fisiológicas

A médica Ana Gabriela de Magalhães (CRM-MG 69.456 e RQE 56.186 e 56.588), nutróloga, comenta que a creatina é um composto naturalmente produzido pelo corpo, armazenado principalmente nos músculos esqueléticos, mas também está presente no coração. Conforme a especialista, estudos sugerem que a suplementação de creatina pode ser benéfica para pacientes com insuficiência cardíaca, ajudando a melhorar a função cardíaca, a resistência e a qualidade de vida desses pacientes. “Ela parece contribuir para o fornecimento de energia para o músculo cardíaco, especialmente em situações de demanda aumentada. No entanto, mais pesquisas são necessárias”, aponta.

Segundo Ana Gabriela, a creatina tem a função de fornecer energia rápida para os músculos durante exercícios de alta intensidade e curta duração, participando do sistema fosfagênio — a fosfocreatina doa um grupo fosfato para regenerar o ATP (adenosina trifosfato), que é a principal fonte de energia celular.

Benefícios e contraindicações

Como afirma a especialista, além do uso esportivo, estudos indicam efeitos neuroprotetores e melhora cognitiva; aumento de força e desempenho físico; melhora da recuperação muscular pós-exercício; possível melhora na função cardíaca em casos específicos; benefícios em doenças neuromusculares, como distrofia muscular.

Contudo, existem contraindicações, sendo fundamental avaliar cada paciente individualmente, mas, no geral, podemos citar:

  • Pacientes com insuficiência renal grave devem evitar, pois a creatina é metabolizada e excretada pelos rins.
  • O uso excessivo ou inadequado pode sobrecarregar os
  • É essencial garantir uma boa hidratação durante a suplementação para evitar problemas renais.

Recomendação do uso da creatina

De acordo com a médica, em pessoas saudáveis, a suplementação de creatina na dose recomendada (3-5g/dia) é considerada segura. Entretanto, Ana Gabriela destaca que a indicação é especialmente para atletas ou praticantes de atividade física que buscam melhora no desempenho e ganho de força; indivíduos com sarcopenia (perda de massa muscular relacionada à idade); pacientes com doenças musculares ou neurodegenerativas, casos específicos de insuficiência cardíaca, sempre com acompanhamento médico; indivíduos que seguem dietas vegetarianas ou veganas, já que a creatina está presente em carnes e peixes.

Dra. Ana Gabriela - Foto divulgação

Dra. Ana Gabriela – Foto divulgação

Orientação

A especialista alerta que a suplementação de creatina deve ser sempre individualizada e acompanhada por um profissional de saúde. Além disso, ingerir 3 a 5g de creatina monohidratada por dia, de preferência após o treino ou com uma refeição rica em carboidratos, mantendo uma boa hidratação diária para evitar sobrecarga renal. “Não interromper a suplementação abruptamente, já que o uso contínuo é mais eficaz. Realizar acompanhamento regular para avaliar a função renal e ajustar a dose, se necessário, evitando a automedicação ou suplementação sem orientação profissional”, finaliza.

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