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Saúde

Excesso de café pode trazer riscos à saúde

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Médica diz que o consumo frequente em altas doses pode levar à dependência, com sintomas de abstinência, como dores de cabeça e cansaço

Aquele cheirinho de café coado na hora é convidativo para uma degustação. Afinal, a maioria dos brasileiros não dispensa pelo menos uma xícara durante o dia. No entanto, conforme a médica Cíntia Machado (CRM-RS 45.813), o consumo excessivo ou inadequado de cafeína pode trazer riscos porque aumenta a ansiedade, acelera a frequência cardíaca e dificulta o sono. Além disso, a especialista explica que o café pode irritar o estômago e piorar quadros de gastrite, refluxo ou síndrome do intestino irritável. “Pessoas sensíveis à cafeína podem apresentar elevações transitórias na pressão arterial. O café, quando consumido em excesso ou com alimentos, pode reduzir a absorção de ferro e cálcio”, aponta.

Outro ponto levantado pela médica é que o café não deve ser consumido logo ao acordar, podendo interferir nos ritmos naturais do cortisol, conhecido como o “hormônio do despertar”. Nas primeiras horas após acordar, como esclarece Cíntia, o organismo eleva naturalmente os níveis de cortisol, ajudando a promover energia e estado de alerta. Beber café nesse momento pode causar um pico desnecessário de energia e, ao longo do tempo, reduzir a sensibilidade do organismo à cafeína. Portanto, o ideal é esperar entre uma a duas horas após acordar, quando os níveis de cortisol começam a diminuir.

Entretanto, a especialista conta que o café também pode trazer vários benefícios para a saúde quando consumido moderadamente e no contexto de uma alimentação equilibrada. Ela destaca que o café é uma das maiores fontes de antioxidantes na dieta, como os polifenóis, que ajudam a combater o estresse oxidativo. Ademais, a cafeína estimula o sistema nervoso central, favorecendo o estado de alerta, concentração e memória de curto prazo. “Estudos sugerem que o consumo moderado de café está associado à redução do risco de diabetes tipo 2, por poder melhorar a sensibilidade à insulina”, revela.

Café descafeinado

Segundo a médica, trata-se de uma alternativa interessante para pessoas sensíveis à cafeína ou que precisam evitar estimulantes. O café descafeinado preserva boa parte dos antioxidantes e compostos bioativos benéficos, mas sem os efeitos estimulantes da cafeína. Contudo, Cíntia alerta que é fundamental verificar o método de descafeinização, dando preferência a processos naturais que utilizam água ou dióxido de carbono, evitando produtos com solventes químicos.

Dra. Cintia Machado - Foto divulgação

Dra. Cintia Machado – Foto divulgação

Quantidade de consumo de café ao dia

A especialista lembra que a recomendação média é de duas a quatro xícaras por dia (aproximadamente 200 a 400 mg de cafeína), dependendo da sensibilidade individual e do estado de saúde. A médica reforça que consumir café após as 14 ou 15 horas pode interferir na qualidade do sono, já que a cafeína tem uma meia-vida de cinco a seis horas no organismo, dependendo do metabolismo de cada pessoa. “Mesmo em pequenas doses, ela pode dificultar o início do sono ou prejudicar a sua profundidade”, finaliza.

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