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“O vidro, assim como os vitrais para os amantes do Art Nouveau, é algo que brinca com a fertilidade de nossas imaginações”, diz artista plástico

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Entenda como o vidro pode ser transformado em arte

O artista plástico Célio Olímpio conta que há sete mil anos, os fenícios, procurando se aquecer do frio, fizeram uma fogueira na praia e, para espanto de todos, descobriram o vidro. Eles começaram a fazer arte, juntando areia, sílica e fogo. O resultado seria impressionante. “Passados estes milhares de anos, surge o italiano Di Prietto que, adicionando pigmentos de ouro e prata a toda àquela descoberta, acabaria criando cores e formas inimagináveis”, comenta.

Segundo Célio, o vidro tem várias facetas de ligação com a mente criativa. Ele destaca que se o indivíduo pegar o “Murano” (técnica tradicional italiana), por exemplo, é algo impressionante a criação de objetos. Com um tubo, um bom sopro, vidro líquido e fogo, se tem uma boa mistura para se fazer arte. O artista plástico se recorda quando esteve em uma fábrica em Veneza, na Itália. Algumas pessoas da cidade queriam industrializar a técnica Metalglass — minerais são utilizados para colorir o vidro, à base de calor, recorrendo a metais como ouro e prata —, o que foi recusado por Célio. “O trabalho artesanal, apesar de ser em cima de uma prancha de vidro, ainda é fascinante”, aponta.

A arte com vidro é persistência e dedicação

Célio acredita que a frase tem fundamento, porque à medida que o artista se dedica, mais facetas podem ser descobertas a cada trabalho feito. Ele pontua que o próprio manuseio da criação é envolvente, onde cada movimento da mão é uma figura nova que entra e que o baile do fogo, em sincronia com os movimentos, leva a surgir criações fantásticas.

Célio Olímpio - Foto divulgação

Célio Olímpio – Foto divulgação

Ao criar as obras, o artista plástico lembra que o infinito do Universo é sempre o limite. Para ele, a expectativa de criar uma nova “Odisseia” ou “Nebulosa” é mais gratificante que o valor estético ou comercial. “Sou viajante do espaço e estou sempre adiantado no tempo. Sempre que a NASA libera novas imagens do Universo, com criações, mortes de estrelas e explosões no espaço, percebo que as imagens já foram criadas aqui em cima de uma placa de vidro. Fico só aguardando quem será o felizardo que levará para si mais uma obra do senhor fogo”, ressalta.

Obras de arte feitas em vidro: podem ser populares ou o público é mais sofisticado?

O artista plástico reforça que pensa em popularizar algumas peças. Ele afirma que fez um trabalho para um estilista famoso no Brasil chamado Victor Dzenk. A coleção de roupas tinha criações de Célio, ganhou o nome de “Odisseia” e foi um sucesso.

Foram digitalizadas duas peças e criou-se no tecido estampas que vestiram, inclusive, artistas da TV Brasileira. Portanto, como enfatiza o artista plástico, popularizar alguns itens não está fora de cogitação. “Você me entrega a ideia, vou transformar seus sonhos em realidade e bem popular”, finaliza.

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