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Saúde

Entenda a definição de morte encefálica

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Médico comenta que clinicamente é o óbito do paciente

Segundo o neurocirurgião Jamil Farhat Neto, a morte encefálica é uma condição irreversível em que todas as funções do cérebro, incluindo o tronco cerebral, cessam completamente. As principais causas são traumas cranioencefálico (lesões graves na cabeça, como os acidentes de trânsito); acidente vascular cerebral (AVC); anóxia (falta de oxigênio ao cérebro, que pode ocorrer em afogamentos ou paradas cardíacas prolongadas); infecções graves (meningite ou encefalite) e tumores cerebrais.

O neurocirurgião conta que o diagnóstico é rigoroso e segue protocolos estritos para garantir precisão, como:

Exame clínico neurológico: Realizado por pelo menos dois médicos, que testam reflexos do tronco cerebral, resposta aos estímulos dolorosos, ausência de respiração espontânea e outros sinais neurológicos.

Testes confirmatórios: Em alguns casos, exames adicionais como angiografia cerebral, eletroencefalograma (EEG) ou doppler transcraniano são usados para confirmar a ausência de atividade cerebral.

Critérios que definem a morte encefálica

Irreversibilidade: A causa do coma deve ser conhecida e irreversível.

Ausência de reflexos do tronco cerebral: São reflexos verificados por testes realizados ao estimular os olhos com luz, testando ao tocar a córnea, entre outros.

Teste de apneia: Ausência respiração espontânea.

Confirmação adicional: Em algumas jurisdições, testes confirmatórios mediante exames são usados para confirmar a ausência de atividade cerebral.

Diferença para o coma

Jamil explica que o coma é um estado de inconsciência profunda com alguma preservação da função cerebral. “Pode ser reversível dependendo da causa e da gravidade. E o mais importante: os reflexos do tronco cerebral e atividade cerebral estão presentes. Na morte encefálica temos a cessação completa e irreversível de todas as funções cerebrais. Não há reflexos do tronco cerebral nem atividade cerebral. Legalmente é equivalente à morte”, esclarece.

 

Dr. Jamil Farhat Neto - Foto divulgação

Dr. Jamil Farhat Neto – Foto divulgação

O médico lembra que uma pessoa com morte encefálica não pode sobreviver sem suporte artificial. Ele aponta que o coração pode continuar a bater por um curto período, com ventilação mecânica, mas todas as funções cerebrais estão ausentes. “Sem suporte, a parada cardíaca ocorre rapidamente. Com suporte, os órgãos podem ser mantidos funcionando por dias ou até semanas, geralmente para fins de doação de órgãos, mas a pessoa está legal e clinicamente considerada em óbito”, finaliza.

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